BEM VINDO ( L )

É como um simples diário :$

17/12/2010

Confissão.

Estou a ouvir músicas de amor,
vêm lembranças, mas já sem dor.
Lembro-me do dia em que te conheci,
Lembro-me quando em namoro te pedi,
Lembro-me do sim,
E de quando me davas abraços, só a mim,
Não havia mais ninguém,
Só eu e tu e por aí além.
Memórias no coração gravadas,
Que jamais serão apagadas.
Naquele tempo davamo-nos tão bem,
Que cheguei a pensar que sem ti não era ninguém,
Cheguei a pensar que senti não conseguia,
Fazias parte de mim, pensava em ti todo o dia.
Foi muito dificil ter de te deixar,
Ainda mais dificil foi ter de aceitar.
Mas não tive escolha, já não conseguia oportunidade,
Mas eu sei, eu sei que aquilo que disses-te era verdade.
Não te posso culpa de não teres sido sincero
Se calhar vês as coisas de maneira diferente, por seres mais velho.
Não sei, nunca consegui perceber
Mas agora também já não quero entender.
Agora, agora para lutar já é tarde,
As coisas tem de ficar assim, por entre a saudade,
Talvez daqui a um tempo, tudo mude como mudou,
Mas por agora tenho de me mentalizar que acabou.
Já não posso, já não consigo sofrer mais,
As lágrimas secaram, por derramá-las demais.
Entretanto, vou-me consolando por entre olhares e poucas palavras,
Vou relambrando as nossas coisas, que por vezes eram parvas.
Não sei se algum dia vais esquecer o que passámos e passamos,
Mas olha , SEMPRE amigos ficamos,
Com isso, ninguém pode acabar,
é um sentimento forte, que ninguém pode mudar.
O primeiro amor verdadeiro, faz-nos sempre crescer,
Metade do que hoje aprendi e sou, foi por te conhecer.

10/12/2010

Já me controlo.


Andava sempre acelarada, e não percebia o que acontecia à minha volta. Andava demasiada preocupada a pensar "estou com ele" do que a aproveitar quando estava. Tinha impulsos que não me faziam chegar a lado nenhum, em vez de estar calada e procurar alcança-lo.
Tarefa dificil para uma pessoa como eu, suponha.
Agora digo, não é dificil mesmo assim, quando se quer mesmo e luta-se para fazer bem.
Em contra partida, tive mesmo de me contêr, tinha medo de não conseguir, mas resisti.
Fiquei calada, mas desta vez, com atenção a tudo, principalmente a ele.
Identifiquei várias coisas que nunca tinha identificado, ou nunca me tinha a percebido ou simplesmente, tinha já esquecido vagamente.
As suas piadinhas surgiram como o antigamente , e pensei pra mim "este sim, é o ... que eu conheço, e por quem estive perdidamente apaixonada (..) e sensivelmente continuo".
As coisas começaram-se a alterar, não muito depressa, normalmente. Mas lá estava eu, a fazer o meu papel de miuda atinadinha e que está-se a cagar completamente para a pessoa que ama. Custumam dizer que sei disfarçar muito bem.
O meu riso e o dele juntaram-se num só. Isto sim, é o que eu chamo de verdadeira amizade. Como era a nossa. Ganhei a sua confiança novamente, e esqueci-me das juras sagradas que fiz, de que não ia abrir a boca ou simplesmente dar-lhe conversa, mas tudo foi mais forte que eu, naquele instante repentino.
Como por magia, tinha esquecido todos os problemas porque tinhamos passado os dois. Esqueci-me das minhas obrigações e afazeres. Ele pôs-me novamente no nosso mundo. Já antes conquistado mas acabado por ser perdido.
Acabei por me descontrolar por inteira, já lhe estava a dar mais do que pedido, e não pode nem podia ser. Por muito que eu queira e queria, não podia cair de novo na ilusão do falso sentimento. Que me está sempre a invocar confusão desnecessária.
Perdi o rumo, mas acabei por conseguir-me governar de novo. Não posso ser e fazer sempre tudo como ele quer. Não vou mudar de atitude, se quiser que mude ele.
Tinha resumos na mão e mandei-os para o ar. Queria sentir liberdade. Estava um tanto pressa, acrescento.
E puum -.- , aquilo caiu mesmo aos pês dele. Abaixei-me para apanhar, mas deixei lá caida uma das 3 folhas. Ele fez questão de a apanhar e de ler o que nela continha.
Fiquei normal, embora quisesse soltar de felicidade. Mas não, eu aguentei.
-Da-me isso. - Disse-lhe.
Não me ri, não me mostrei nem um quanto simpática. Tinha de estar directa e frontal. Queria ver até onde podia ir.
Começou com a brincadeirinha de não me dar a folha, de que tanto precisava.
-Dá-me isso na mão! - Gritei.
Os olhares cruzaram-se. O seu corpo tocou-me arrepiadamente. O seu perfume entralaçou-se no ar que respirava.
Ia ficar de novo de queixo caido, mas sabia que não podia ser.
Tirei-lhe a folha bruscamente e virei costas.
- Eu queria dar-te na mão !
- Agora é tarde, já a tenho. - respondi.